"Quantos cuidados uma pessoa precisa tomar para não ser algo mas alguem"



coco chanel

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Senta que lá vem história!!!

Hoje em dia, nós, mulheres não vivemos sem uma bolsa! Seja ela média, pequena, grande, minúscula ou gigante, a bolsa é um acessório indispensável na nossa vida, seja pra carregar um celular na balada ou até mesmo o nosso laptop de todos os dias na faculdade. Porém há algumas que são especiais, essas bolsas das quais eu estou falando são as seguintes: Kelly da grife francesa Hermès, Chanel 2.55 da grife francesa Chanel, Lady Dior da grife francesa Dior, Jackie Bag da grife italiana Gucci e a Birkin da grife francesa Hermès. Alguns devem estar pensando “ah mais é claro que é especial.... olha as grifes...”, mas se engana quem pensa assim, apesar dessas bolsas serem das grifes mais caras e desejadas do mundo, primeiro elas possuem história, beleza, praticidade, qualidade (dependendo da dona a bolsa pode ser passada de vó para neta), são objetos de luxo (vou explicar logo mais) e um dos aspectos principais não são modinhas. Quem compra uma bolsa dessas pensando em desfilar só porque pagou uma fortuna e quer que as amigas morram de inveja é melhor nem comprar, porque dentro de um mês vai estar jogada dentro do armário e quem jogou dinheiro fora foi você e não sua amiga... Quando digo que são objeto de luxo me refiro a uma passagem do livro da Constanza Pascolato “Pessoalmente, além de acreditar que o corpo bem tratado é o maior luxo contemporâneo – ser é mais importante que ter, afinal -, também acho bastante gratificante e prazeroso poder pensar no luxo como exclusividade e busca por excelência. Para consumo ou contemplação, acredito ser fundamental entender o objeto de luxo. Não importa o que seja: um perfume, um vinho, um vestido, um móvel, uma obra de arte, uma jóia, um prédio, um carro. Se ele oferecer essa suposta perfeição que almejamos, for esteticamente belo, mantiver certa aura de exclusividade e raridade, vai possibilitar prazer e entusiasmos que alterem nossa percepção. Isso é luxo.”

KELLY

Em 1956 Grace Kelly usou uma bolsa para cobrir a barriga e supostamente para esconder a gravidez e quem diria que esse ato iria fazer a “tal bolsa” virar obsessão mundial? Depois por muitas vezes, ainda, a princesa foi fotografada com sua Hermès nas mãos.
A bolsa foi criada em 1935 por Robert Dumas é feita com couro artesanal, tem formato trapézio e apenas uma alça. Uma coisa é querer uma Kelly e outra é ter uma Kelly, para quem quiser é preciso uma pequena fortuna e até alguns meses de espera, o que é comum quando se quer ter uma bolsa da Hermès. Todas as bolsas são fabricadas, do início ao fim, pelo mesmo artesão, que pode levar até 25 horas para esculpir a obra. A cor e o tipo de couro são escolhidos pela cliente. Se for uma de 'croco', o modelo com material mais caro e cobiçado, o processo é minucioso. 'A melhor pele para fazer a bolsa é extraída do papo e da barriga do crocodilo', diz a jornalista obcecada por bolsas, Anna Johnson, em seu livro Handbags - The power of purse (2002). Segundo ela, são necessários dois crocodilos para fazer uma Kelly. Os animais, criados em fazendas nos Estados Unidos, África do Sul e Austrália, vivem com todo cuidado para não esfregarem muito a barriga no chão, o que estragaria a pele. Por ser quase uma relíquia, a própria grife facilitou o caminho até a Kelly. No site www.hermes.com, dá para fazer o download da bolsa e customizá-la.

CHANEL 2.55


Além de fazer história na moda, fazer um estilo que incluía cabelos curtos, o preto como sinônimo de elegância e não de luto, e bijuterias em vez de joias, Mademoiselle criou mais um acessório: a 2.55 é a primeira bolsa a tiracolo de que se tem notícia. Antes dela, isso era coisa de carteiro. Como toda a praticidade que a estilista propunha, a bolsa havia também de ter um nome prático. Assim, da junção entre o mês de sua invenção, fevereiro, e o ano, 1955, nasceu a sigla 2.55. Inicialmente, era preta com corrente dourada e podia ser produzida em couro de cordeiro, para o dia, e seda ou jérsei, para a noite - até então esses tecidos eram usados somente para confeccionar lingeries. Outros detalhes são as costuras, com efeito matelassê, que têm a mesmíssima simetria entre a parte da frente e a de trás. O espaço interno também é especial (e prático, claro): a aba de abertura possui um bolsinho secreto, pensado para guardar cartas de amor e dinheiro. Até completar 50 anos, a 2.55 passou apenas por pequenas mudanças. Mas em 2005, ano de seu cinquentenário, a Maison lançou a 2.55 Reissue. O modelo foi renovado e ganhou até uma instalação itinerante, projetada pela badalada Zaha Hadid, onde a bolsa foi reinterpretada por 20 artistas. Hoje, ela continua sendo produzida em um processo completamente artesanal, com 180 etapas. A cada ano são lançadas mais de 30 variações do modelo. Mudam-se as cores, os metais, o fecho, tudo para torná-la mais desejada. Afinal, diria sua criadora, 'o luxo é uma necessidade que começa quando a necessidade termina'.


LADY DIOR

É uma garotinha entre as clássicas, pois só existe há 14 anos. Ficou famosa logo que nasceu, ao ser flagrada com Lady Di. Em 1995, Paris sediaria uma exposição de Cézanne no Grand Palais e entre os convidados do vernissage estava a princesa Diana. Sabendo disso, a primeira-dama Bernadette Chirac pensou num presente para Lady Di e não poderia ter chegado à melhor conclusão: uma bolsa Dior. De volta à Inglaterra, não demorou para Diana ser fotografada com a bolsa e transformá-la em objeto de desejo. Em 1996, o Metropolitan Museum, de Nova York, inaugurou uma exposição em homenagem a Dior, e John Galliano, que estreava como estilista da grife, criou um vestido para a princesa usar na ocasião. Naquele dia, a princesa combinou a roupa com uma versão azul da Lady Dior. O que já era objeto de desejo virou ícone.
O cannage, motivo do assento das cadeiras do primeiro desfile Dior, em 1947, aparece em sua textura. Já a forma oval do encosto da poltrona Luis XVI foi reinterpretada nas argolas que prendem as alças.


JACKIE BAG


A Jackie Bag foi lançada em 1961, tinha admiradoras como Barbra Streisand e Rita Hayworth. Mas a sua fã mais poderosa era, sem dúvida, a ex-primeira dama americana Jacqueline Kennedy Onassis. Jackie tinha várias versões do modelo e frequentemente era fotografada com ela.
Qual grife perderia a chance de batizar uma bolsa com o nome de uma fã tão poderosa - e imitada? Sem falar que Jackie foi uma das mulheres mais elegantes do século 20. A Gucci, claro, não perdeu tempo. O desenho original da bolsa permanece o mesmo desde a década de 60, mas a cor e os detalhes foram mudando ao longo dos anos. O modelo pode ser confeccionado com couro de carneiro, pônei, antílope e camurça ou com a lona estampada com o inconfundível monograma GG, adornado por listras vermelha e verde.

BIRKIN

Ela tinha 20 anos quando protagonizou em um filme não erótico a primeira cena de nu frontal do cinema, em Blow up (1966), de Michelangelo Antonioni. Três anos mais tarde, já casada com o cantor Serge Gainsbourg, sua voz eclodiu para o mundo ao dividir com o marido a sensual gravação, em francês, de 'Je t'aime moi non plus'. Só por essas razões Jane Birkin já seria uma musa-it bag diferente das outras. Não era princesa nem mulher de presidente. Seu glamour vem do contrário: era a garota sem protocolo, linda e ousada dos anos 60.
E conseguiu o que nenhuma outra conseguiu: foi a única que teve uma bolsa criada somente para homenageá-la. Em 1984, Jane Birkin estava num voo entre Paris e Londres, quando os papéis de sua bolsa caíram no chão. Coincidentemente, quem sentava ao seu lado era Jean-Louis Dumas, então diretor executivo da Hermès, que, ao presenciar o incidente, prometeu criar uma bolsa grande o suficiente para carregar tanta coisa e bonita o bastante para representar a grife. E foi assim, a partir das especificações de funcionalidade de Jane, que sonhava com uma Kelly maior e menos estruturada, que nasceu a Birkin. Mais larga, com alças duplas e o mesmo sistema de fecho da irmã mais velha, o modelo se tornou um dos maiores tesouros da Maison. De pele de bezerro, couro natural ou de avestruz - e internamente forrada com couro da exata cor da parte exterior -, a lista de espera por uma delas chega a dois anos. Isso porque um artesão pode levar até 25 horas para confeccioná-la, com um único corte de couro.
Isso é tudo garotas!
beijosbeijos
*fonte:marieclaire

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